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RELATÓRIO - Reunião 31/10/2019 - Para uma ontologia do ser social, Georg Lukács (p. 412-420)

Relatório – Reunião 31/10/2019

Para uma ontologia do ser social (p. 412-420)


TEXTO: LUKÁCS, Georg. Prolegômenos e Para uma ontologia do ser social: obras de Georg Lukács. volume 13. Tradução Sérgio Lessa. Revisão Mariana Andrade. Maceió: Coletivo Veredas, 2018.



- Trecho que inicia na p. 412 (“Com isso, é conspícuo...”) até final da p. 415 (“...altamente subjetiva e abstrata.”).


Comentários: prosseguimento da crítica de Lukács à aparente renúncia de toda ontologia a partir da modernidade e, consequentemente, à tendência da realização de ontologias mistificadoras. No texto, agora essa crítica é realizada a partir da teologia de Karl Barth. Prossegue também Lukács a destacar como isso complementa-se ao neopositivismo.


- Trecho que inicia na p. 415 (“A construção rigorosamente...”) até final da p. 416 (“...concepção de mundo.”).


Comentários: aqui Lukács, a partir de Barth, aponta para a contradição entre neopositivismo e existencialismo, que assim é resumida: “O objeto da disputa é, por último, quão amplamente há conteúdos reais, concretos e portanto que permanecem vivos na tradição bíblica ou, se esse complexo de vida como um todo já nada mais é do que uma suma, mantida coesa pelos seus pressupostos e consequências sociais, para a satisfação de necessidades religiosas puramente individuais.” (p. 415).


Em relação aos existencialistas, Lukács toma Jaspers como exemplo e ali menciona a absoluta recusa realizada por este quanto à possibilidade de que a ciência possa chegar a verdades referenciadas ontologicamente, o que chamou de “superstição científica”.


- Trecho que inicia na p. 416 (“A Bíblia, todavia...”) até p. 418(“...ontologicamente determinadas.”).


Comentários: Lukács tenta diferenciar o pensamento de Jaspers e Bultiman no que diz respeito à concepção de Deus. Embora ambos se aproximem por meio de uma concepção ontológica cada vez mais abstrata, “que permanece mais nos sujeitos singulares” (em “oposição às representações religiosas tradicionais”), não ficou claro em que eles se distinguem no tópico aqui comentado.


- Trecho que inicia na p. 418 (“E com isso...”) até p. 420 (“...vida humana real.”).


Comentários: aqui Lukács ressalta que a demanda do Cardeal Belarmino à ciência e à filosofia foi amplamente realizada: “a capitulação da filosofia da natureza à exigência de manipulabilidade antiontológica” (p. 418).


- Recuperação geral do que foi lido no semestre:


- análise centrada na crítica ao neopositivismo e ao existencialismo; destaque de Lukács para a análise de Wittgenstein; destaque para semelhanças e diferenças entre neopositivismo e existencialismo, embora este último apareça na obra de Lukács como vertente filosófica mais vasta e complexa; destaque de Lukács para o encaminhamento da ontologia pressuposta nessas vertentes de pensamento para a religião, mas justamente num tempo em que a religião não ocupa nem pode ocupar o papel que desempenhara nos momentos históricos anteriores ao capitalismo.


No semestre que vem iniciamos o capítulo 2, sobre Hartmann. Mantendo o atual ritmo de leitura, terminaremos a análise do Hartamann e Hegel.


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